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Bea Duarte está sentada no chão, de vestido vermelho. Ela tem o cabelo ruivo cacheado.

Publicado porLuisa Pereira

em 15/02/2023

Um timbre vibrante e, ao mesmo tempo, suave. Letras cheias de metáforas que falam sobre a vida de maneira leve, lúdica e sensível. Essas são características marcantes de Bea Duarte, cantora, compositora e multi-instrumentista, que transita entre vertentes do pop. Tom, último single da cantora, lançado em 27 de janeiro, traz uma história de amor com trocadilhos musicais. Essa é a sétima composição lançada pela cantora, depois de Paz, Antes de Sair, Calor, Finge Agora, Cantando e Lilith.

“Foi a música que me deu mais trabalho porque quis colocar pole dance no clipe e achei que fosse ser fácil, já que tenho experiência com dança. Comecei a fazer aulas em janeiro [em 2022] e descobri que é muito mais difícil do que eu imaginava. O clipe atrasou bastante. O produtor tinha outros compromissos e eu fiquei sem a música por algum tempo ”, explicou Bea Duarte em entrevista exclusiva ao Lindie. “Depois, quando tinha a equipe e o orçamento não estava rolando, então, quando conheci o Thiago, que dirigiu Cantando, conversamos sobre esse clipe e começamos a gravação em novembro”, continuou.

Com um pop indie, como ela afirma, a artista ainda caminha entre faixas mais dançantes, como Cantando, e outras leves na voz e violão, como Paz

A vida e a arte de Bea Duarte

A entrada de Bea na música se mescla com seu crescimento e desenvolvimento como pessoa. Natural de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, ela sempre teve o sonho de ser cantora e, por conta de um show de talentos na escola, entrou em um conservatório musical. “Depois disso, nunca mais quis sair desse mundo”, afirma.

Entre um momento da vida e outro, Bea foi se encontrando na música. No início, preferia o rock por conta da banda norte-americana Evanescence. Em seguida, ao conhecer Beyoncé, foi para o pop. Foi com Ed Sheeran que encontrou a sonoridade que gostaria de alcançar - ao menos - como forma base. 

“Acredito que ainda estou descobrindo o meu estilo, cada música minha é muito particular e têm uma história muito única para elas. Até agora, no entanto, lancei apenas singles que não possuem ligação um com o outro, eles são apenas um compilado com o que Bea Duarte gosta de fazer”, expõe a cantora.  

EP “mulheres que correm”

Bea tem o projeto mulheres que correm para lançar nos próximos meses com uma inspiração mais densa e, pela primeira vez, com faixas que conversam entre si. “Como disse, não costumo forçar a composição. Eu até sento para escrever e movimentar as engrenagens da criatividade, mas as músicas que mais gosto são aquelas que vem no meio de um desabafo e, do nada, me dão uma epifania e eu preciso pegar o violão, piano e, quando vejo, escrevo uma música sobre o que senti…que não teria como acontecer se sentasse para obrigatoriamente escrever uma música”, fala.

Neste EP, segundo Bea, o máximo que fez antes desse lampejo chegar foi ler e anotar frases e palavras-chave do livro Mulheres que Correm com os Lobos (1989), onde se inspirou. Com exceção de Lilith, todas as faixas do trabalho serão inéditas.

Já esquematizado há meses, a artista quis segurar o EP por mais tempo para conseguir mostrar outras faces de seu estilo após a viralização de Lilith nas redes sociais. “Queria mostrar que sou uma cantora de outras músicas e não uma cantora da bruxaria”, conta Bea

Apesar da faixa anterior não ser sobre a bruxaria, seu compartilhamento na internet alastrou uma discussão longa sobre o assunto. “Eu faço músicas sobre a vida, Lilith é sobre o patriarcado, não sobre bruxaria. Decidi lançar outras músicas para as pessoas entenderem que escrevo sobre a vida e, depois, volto com o tema de Lilith”, elabora ela. 

Além de tentar se desvencilhar, ao menos, por ora, do tema, a compositora buscou inspiração e escreveu uma música sobre a viralização de sua arte. “Ainda estou ponderando colocar no EP. Ela fala que as pessoas, artistas e celebridades, podem falar sobre qualquer assunto a partir de suas perspectivas. Não posso falar do ponto de vista do judaísmo ao mesmo tempo em que estou na perspectiva da bruxaria porque são coisas completamente opostas”, completa ela. 

Ouça Bea Duarte:

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