Mudança de pensamentos, amadurecimento e desenvolvimento musical são alguns dos pilares importantes que sustentam os novos singles da banda carioca Hadezi e, claro, o novo álbum. Com uma nova formação, o grupo agora é composto por Gustavo Martins (guitarra e vocal), Mateus Bragard (guitarra e vocal) e Fernando Assis (bateria).
Para ambientar a nova fase, o trio disponibilizou três músicas do novo projeto, que ainda terá outras sete inéditas. Reconhecer foi a primeira, em outubro de 2021, e trouxe surpresa e choque ao expor a nova face da banda. Dois meses depois, Embarcação chegou e, em suas particularidades, mostrou-se distinta da anterior. Um ano depois, em dezembro de 2022, O Mundo Girou completou o grupo de singles, sendo completamente diferente das duas faixas lançadas anteriormente. Com isso, a dúvida que fica é: como será o clima do disco, se todas as faixas apresentadas são particulares?
Em entrevista ao Lindie, os integrantes garantem que será uma surpresa. “Ele não segue uma mesma característica, algo linear. Tem umas músicas que são mais próximas entre elas e algumas bem diferentes, O Mundo Girou é uma delas, Sol e o Céu também. Mas, no geral, é bem fluido”, conta Fernando. “O álbum será um marco do amadurecimento da banda, ele é muito diferente do que era a Hadezi antes”, completa.
“Todo o álbum tem um contexto mais reflexivo, um pouco sobre você não se encaixar na realidade em que vive, é, basicamente, um diálogo de você com você mesmo”, explica Gustavo.
O Mundo Girou e as escolhas dos singles
Todos os singles foram escolhidos para apresentar a nova sonoridade da Hadezi, entretanto, nem todas as características foram mostradas justamente para guardar a ansiedade para o lançamento do álbum. “Essa [O Mundo Girou] música quebra um pouco o ciclo após Reconhecer e Embarcação por ter uma vibe mais introspectiva. Porém, se vocês repararem, essas duas anteriores também têm climas diferentes”, elabora Gustavo.
Outra diferença entre as faixas é o compositor delas. As duas primeiras foram escritas por Mateus, enquanto a última é de Gustavo, que diz: “tenho uma tendência muito grande a fazer letras mais sentimentais. O contexto da letra não tem nada a ver com um relacionamento, é bem amplo. As composições do Mateus vão mais pelo lado pesado, agressivo”.
Quanto ao contexto da música, Mateus finaliza a explicação: “a letra não se prende a um ponto de vista específico, todo mundo pode se identificar em diferentes níveis, com sentimentos diferentes. Tínhamos músicas mais agressivas, mas essa foi feita para ser um momento de respiro no álbum e nos shows”.
Os passos para a nova Hadezi
A construção do disco já dura três anos e, neste processo, diversos fatores resultaram na mudança de sonoridade apresentada pela banda, como a entrada de Fernando, o tempo envolvido para estudar mais música, o próprio amadurecimento pessoal dos integrantes e a experimentação e busca por um som único.
Quem escutar o disco poderá perceber as diferenças ao longo das faixas, escritas em diferentes épocas dentro desse período. “Existe uma certa transição, com músicas feitas em 2020 e outras, em 2022, então você enxerga essa mudança ao longo do álbum, é um trabalho que dá para perceber esse período transitório”, percebe Mateus.
Até o momento, não há uma data prevista para o lançamento, porém, segundo Gustavo, todas as fases de gravação já foram encerradas e, agora, o disco passa para os processos de mixagem e masterização.
Com referências como The Seeker, Bad Omens, Rain City Drive, Polyphia e Odeon, o novo álbum da Hadezi vai ser, com certeza, a consolidação de uma nova face da banda, que já foi parcialmente apresentada com os singles apresentados.
Ouça Hadezi: