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Badauí usou alguns períodos do show para conversar com o público

Publicado porLuisa Pereira

em 22/12/2022

Uma das atrações mais esperadas do festival era a banda CPM 22. Logo na entrada do Engenho Central era possível ver pessoas com camisetas e adereços do grupo. No palco Kapivara os fãs aguardavam os músicos embaixo de um sol escaldante do meio da tarde, mesmo que a previsão para a entrada fosse apenas às 19h.

No momento em que, do palco principal, se ouviu o início do show das gêmeas Tasha & Tracie, uma multidão saiu para vê-las, enquanto parte do público não tirou os pés de lá - e assistiu o show a distância - em busca de um bom lugar para ver os artistas. A Fresno entrou logo após a apresentação das artistas, trazendo o público para si.

Phil Fargnoli (guitarra e Ali Zaher (baixo) em um dos momentos do showPhil Fargnoli e Ali Zaher em um dos momentos do show / Foto: Felipe Yudi

Mas, no fim da apresentação, o que se ouvia era, em várias rodas, algo como: “se nesse eu fiquei assim, imagina no do CPM 22” ou “não saio daqui mais, estou esperando CPM 22 faz tempo”. A espera, entretanto, foi um pouco maior do que o previsto, a banda entrou no palco às 21h, de surpresa, quando todos achavam que, antes, a Terno Rei se apresentaria.

A banda, formada por Badauí (vocal), Luciano Garcia (guitarra), Phil Fargnoli (guitarra), Ali Zaher (baixo) e Daniel Siqueira (bateria), apostou nos seus clássicos para incendiar o Engenho Central. 

CPM 22 aposta nos clássicos e leva plateia a euforia
CPM 22 aposta nos clássicos e leva plateia a euforia / Foto: Felipe Yudi

A cada nova música tocada, o público gritava e entrava quase que em em estado de transe. Mais atrás, onde havia mais espaço, via-se rodas de amigos dançando e brincando ao som de Tarde de Outubro, Não Sei Viver Sem Ter Você, Dias Atrás e Desconfio. A banda também trouxe o novo para a apresentação, tocando Tudo Vale A Pena?.

Quando os acordes iniciais de Um Minuto Para O Fim do Mundo soaram, o local quase foi abaixo. Em coro, todos os presentes cantavam essa faixa. Badauí, em parte dela, deixou que a plateia seguisse cantando sozinha. Ao final, ele falou: “que coisa linda isso aqui, tanto vocês aqui na frente, quanto ao pessoal de trás. E, para quem ficou atrás, eu gostaria que todos pudessem ficar na frente também, quem sabe em uma próxima quando a gente se encontrar”.

Luciano Garcia aproveitou a apresentação ao máximo Luciano Garcia aproveitou a apresentação ao máximo / Foto: Felipe Yudi

Em seguida, Inevitável assumiu o protagonismo para, logo depois, passar o posto para Ontem, que teve a participação de Lucas Silveira, vocalista da Fresno. Recebido com euforia novamente ao palco, Lucas cantou e deixou seu recado: “a CPM 22 é uma das grandes bandas de hardcore do Brasil”. 

Quando parecia que o grupo não tinha como aumentar a êxtase do público que acompanhava o show, eles cantaram Light Blue Night e finalizaram com Regina Let’s Go, transformando o espaço em uma explosão de emoções. Quando acabou, as pessoas pareciam paralisadas por alguns segundos, ainda encarando o local onde o quinteto estava tocando há pouco tempo.

Com um dos shows mais longos da noite, totalizando uma hora, o CPM 22 mostrou porque é uma das maiores bandas de hardcore do país. Naquele momento, não havia uma alma que não conhecesse a banda e seus clássicos. Os fãs que ficaram o dia inteiro esperando por um grande show receberam uma apresentação de lavar a alma.

Ouça CPM 22:

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