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Lōtico é Juliana Lellis (bateria), Bruno Araújo (baixo e vocal), Pedro Ferreira (guitarra), Leonardo Passos (guitarra e vocal) e Guilherme Xavier (guitarra e sintetizadores)

Publicado porLuisa Pereira

em 19/04/2023

Formada em 2021 por Juliana Lellis (bateria), Bruno Araújo (baixo e vocal), Pedro Ferreira (guitarra), Leonardo Passos (guitarra e vocal) e Guilherme Xavier (guitarra e sintetizadores), a Lōtico é uma das novidades do cenário post-metal nacional. Ressonância, primeira e única amostra do grupo em ação, condensa vários fragmentos da estética sonora do grupo, como instrumentais etéreos, paredes de distorções, dissonâncias e mudanças climáticas bruscas.

Lançada no final de 2022, a faixa é um vislumbre do que se pode esperar - e acreditar que virá mais - da banda, já que seus integrantes são velhos conhecidos do meio, com participações em grupos como De Carne e Flor, Black Clovd, Institution, Leaving Soot, Ravir e Mastema.

Em entrevista exclusiva ao Lindie, Guilherme Xavier comentou que ficou surpreso com a repercussão do single de estreia, mesmo que esperasse parte dela. “Por mais que, no fundo, a gente imaginasse que pelo menos as pessoas que já curtem bandas com estética parecida a nossa gostariam do nosso som, não esperávamos que rolaria uma identificação tão rápida. E rolaram até alguns contatos para fazer uns rolês! E o mais legal de tudo é que não foi só a galera que gosta do que a gente incorpora no som - post-rock, sludge, post-metal,post-hardcore, etc -, teve muita gente diferente. Ficamos muito felizes com isso”.

Entre experimentações e trocas, novas músicas surgem

Ainda em seus primeiros passos com a Lōtico, os músicos buscam, por enquanto, criar uma identidade própria por meio de um fluxo criativo que envolva todos os integrantes. “Muitas vezes iniciamos as músicas a partir de rascunhos feitos em pequenas reuniões ou jams [significa que cada integrante toca seus instrumentos no improviso, sem saber o que o próximo fará e sem pretensão que saia algo perfeito ou pronto] presenciais em casa. E dessa forma, por mais que as músicas iniciem nas guitarras, todos da banda escrevem suas partes na sequência - ou em conjunto - e contribuem com o todo”, conta Guilherme.

Logo de primeira, a dinâmica entre eles foi cheia de sintonia. Ressonância era, inicialmente, apenas um arquivo de uns 3 ou 4 riffs que Bruno levou para a Lōtico trabalhar.

“Foi e tem sido bem massa! Aproveitando a facilidade do digital e os encontros presenciais, achamos que a comunicação e compartilhamento de ideias fluiu bem. Conseguimos acumular vários rascunhos em um tempo até que tranquilo, tendo em vista a complexidade que queremos dos sons”, diz. 

Alguns meses depois do lançamento do single, a banda já tem outras músicas para lançar. Com um álbum sendo preparado, Guilherme afirma que uma ou duas faixas serão disponibilizadas antes do projeto inteiro chegar. “Dos 6 sons que já temos, acho que pelo menos metade disso esteja na mesma estética de Ressonância. Alguns são mais progressivos, outros mais pesados. Também temos alguns mais atmosféricos e arrastados. Acho que vai ser um álbum bem diverso, mas sempre mantendo peso, melodia e muitas camadas de instrumentos”, completa.

Outro desejo da Lōtico é criar uma sonoridade única e marcante no post-metal. “Em todas as composições da banda nós tentamos mesclar nossas referências para fazer algo novo, ou pelo menos um pouco diferente do que já existe de post-metal aqui no Brasil. Além disso, por ser um gênero ainda não muito explorado por aqui e sem uma cena muito estabelecida, acaba sendo mais confortável criar sons sem se prender muito aos padrões do gênero”, externa Guilherme.

Assim, com a busca pelo novo e com uma estética bem demarcada e densa, a Lōtico dá seus primeiros passos em direção a consolidação de um trabalho pensado e lapidado entre muitas mãos. 

Ouça Lōtico:


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