Em um pop leve, com elementos de R&B e Lo-Fi, Fê Costa continua sua jornada de autodescoberta musical com o single Cicatriz. Lançada em abril, a faixa trata dos finais confusos e dolorosos em que há uma desilusão a se superar. A música foi escrita em parceria com Sabrina Lopes e Bia Marques.
Apesar de ser uma composição conjunta, Cicatriz imprime a personalidade e a estética de Fê Costa. Tanto as letras com temática amorosa quanto a poesia presente na música refletem um pouco da essência da artista. Em uma entrevista exclusiva ao Lindie, ela conta: "Sou fã de temas românticos, e isso também está presente em minha identidade. Queríamos falar sobre um processo que faz parte dos relacionamentos, de uma maneira contemplativa."
Para levar a estética sonora para o clipe, a compositora se uniu ao diretor Ícaro Bravo e, juntos, criaram um diário de memórias, onde há o presente e o passado retratado na letra. No passado, Fê Costa aparece na praia interagindo com a câmera e com o profissional, que grava. No presente, ela canta em uma sala com diversos televisores com ruídos, imersa em tons de verde e marrom.
Com pouco mais de seis anos de carreira, a cantora tem nove faixas lançadas - e algumas com versões acústicas. Perguntada sobre a produção de um projeto que consolide mais músicas em um mesmo conceito, como um disco ou um EP, Fê Costa afirmou que, primeiro, quer continuar se descobrindo a cada nova canção disponibilizada. Para 2023, ela pretende fazer mais seis lançamentos, sendo duas - por enquanto - parcerias.
A jornada de autodescoberta
A história de Fê Costa na música se mescla com seu próprio desenvolvimento de vida. Criada em um lar repleto de figuras musicais, a artista sempre esteve inserida em um mundo sonoro, fosse mais alinhada à MPB e Bossa Nova, como a mãe, ou ao rock, como o pai.
Sempre em aulas de canto, ela pensou sobre a carreira musical ao conhecer Julio, agenciador de carreiras, quando começou a gravar covers e publicar no Youtube. Com a repercussão positiva e as visualizações que não pararam de subir, a artista pensou que valia a pena investir na música autoral.
A escolha do pop e MPB como sonoridade majoritária foi feita de forma espontânea, com base nas referências de música da cantora e, claro, no que ela mais gostava. “Eu gosto de imprimir vários estilos nas minhas músicas. Sempre tentamos colocar elementos de outros ritmos que sejam atuais e fazem parte da minha vida, da minha história, como pop, hip-hop, música black, lo-fi, entre outras”, explica ela.
Ainda assim, mesmo criando faixas únicas e imprimindo partes isoladas de si nas canções, Fê Costa ainda trilha um caminho de autodescoberta para se entender enquanto artista. “Acho que a gente se entende nesse lugar muito ao longo da jornada. Quem eu era há seis anos, não é mais o que sou hoje. Nós vamos evoluindo e amadurecendo ideias. A jornada conta uma história”, explica ela.
As diferentes formas de entregar arte
Poética, contemplativa e romântica são as três características predominantes das composições de Fê Costa, que gosta de trabalhar a criatividade tanto sozinha, quanto em grupo. O resultado entre uma música com um número maior de letristas e as feitas inteiramente pela compositora fica nítido aos ouvidos.
“Ainda estou me adaptando ao meu processo de composição, não tenho nenhum método. Quando vou compor sozinha fico matutando a ideia até conseguir digerir a ideia. Acho que acaba demorando demais o processo porque sempre quero que fique perfeito e sou muito autocrítica”, diz. “Mas gosto muito de escrever sozinha, dá para passar toda a minha verdade e particularidades”, completa.
Em busca de sua versão mais madura na arte, Fê Costa segue evoluindo e caminhando no seu ritmo para chegar ao seu destino dos sonhos. Ao longo de sua jornada, pode-se entender todos os passos dados até agora por meio de suas composições e clipes disponibilizados. E ainda há muito por vir.
Ouça Fê Costa: