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Montagem para publicação dos melhores discos do ano com as capas dos álbuns Estranho, do Molho Negro, BLLT, do Bullet Bane e Who Are You Now, Who Were You Then?, do The Foxies

Publicado porLuisa Pereira

em 29/12/2022

2022 chega ao fim recheado de lançamentos. O ano marcou o retorno de grandes eventos da música no país, como o Lollapalooza, paralisado desde 2020, e o Rock in Rio, que atrasou em um ano sua última edição. Assim, o setor cultural, um dos últimos a retomar as atividades por conta da pandemia da Covid-19, voltou a fazer parte do dia a dia do povo brasileiro.

Entre shows e discos lançados, muita coisa aconteceu em 2022. Algumas delas vocês puderam ver (e ouvir) aqui no Lindie! Por conta disso, para celebrar o ano e conseguirmos desacelerar e relaxar a espera de 2023, cada integrante da equipe preparou uma lista com os cinco melhores álbuns do ano. Abaixo, a minha:

5. Who Are You Now, Who Were You Then? - The Foxies

Capa do disco Who Are You Now, Who Were You Then?, da banda The FoxiesCrédito: The Foxies/reprodução

Who Are You Now, Who Were You Then? é o aguardado debut da banda norte-americana. Formada por Julia Lauren Bullock (vocal), Jake Ohlbaum (guitarra) e Rob Bodley (bateria), a The Foxies traz, em 11 faixas, a mescla do punk com ganchos pop perfeitos, além de um olhar poético sobre a autodescoberta em um mundo caótico.

Inspirados por Prince e David Bowie, a banda tentou alcançar um som único e, em partes, tem conseguido atingir uma mistura singular em suas composições. Who Are You Now, Who Were You Then? é um disco divertido e, ao mesmo tempo, introspectivo e reflexivo, que vale a pena ser desvendado. Por isso, ocupa a quinta posição desta lista. 

4. Complete Collapse - Sleeping With Sirens

Capa do disco Complete Collapse, da banda Sleeping With SirensCrédito: Sleeping With Sirens/reprodução

Lançado em outubro, Complete Collapse é o sétimo álbum da banda de post-hardcore americana Sleeping With Sirens. Chegando após How It Feels to Be Lost (2019), o disco é marcado pelo período da pandemia, sendo um diário em áudio de toda a ansiedade e emoções que surgiram ao sair deste momento ileso.

As 12 músicas rondam neste contexto, sendo Tyrant um ótimo início, com o nível de explosão necessária para exportar os medos da época. Trechos como Nós olhamos através de lentes quebradas/ Não há nada para ver/ Porque todos nós morremos sozinhos/ Segure minha mão acima da chama/ Para me trazer de volta aos meus sentidos, da faixa Complete Collapse, refletem o que é a ambientação do disco.

O trabalho também é o último com Jack Fowler, guitarrista principal que fazia parte da banda desde 2011. Assim, agora a Sleeping With Sirens é formada por Justin Hills (baixo), Kellin Quinn (vocal, teclado e programação), Nick Martin (guitarra) e Matty Best (baterista).

3. Estranho - Molho Negro

Capa do disco Estranho, da banda Molho NegroCrédito: Molho Negro/reprodução

Gravado entre 2020 e 2022, Estranho revela o amadurecer do power trio formado por João Lemos (vocal e guitarra), Raony Pinheiro (vocal e guitarra) e Antonio Fermentão (bateria). Com 11 músicas, o disco ainda traz o que a Molho Negro tem como características marcantes em suas composições - a mistura do caos, ironia e sarcasmo, refrões grudentos e falta de perspectiva -, mas, agora, sob a perspectiva de alguém que já viveu mais daquilo e, então, pode falar de fora.

Estranho conta histórias de desilusões e desencontros, além de criticar a vida dos artistas e os algoritmos de redes sociais para fazer um relato sobre a vida em 2022, sempre de forma descontraída e cheia de ironias, como fica claro em Não nasceu para brilhar. Os primeiros lançamentos do disco foram Berrini e 23

A banda tem quatro discos anteriores a Estranho (2022): o homônimo Molho Negro (2012), Lobo (2014), Não é nada disso que você pensou (2017) e Normal (2018). O último disco foi gravado no Estúdio Costella, em São Paulo, com Gabriel Zander. O lançamento foi via selo Flecha Discos.

O retorno tão aguardado da Molho Negro após Normal (2018) chegou para ficar sempre nos ouvidos dos fãs e, por aqui, ficou entre os três melhores lançamentos do ano!

2. Distance or Decay - In Her Own Words

Capa do disco Distance or Decay, da banda In Her Own WordsCrédito: In Her Own Words/reprodução

De acordo com Joey Fleming, vocalista principal, Distance or Decay é dividido em duas partes: Distance, que representa os sentimentos de angústia, desesperança e questionamentos; e Decay, onde estão os sentimentos de libertação, renúncia e desgosto. Na prática, o disco mostra a clara evolução da In Her Own Words

Composta por Joey Fleming (vocal), Ian Berg (guitarra), Eric Ruelas (baixo), Omar Sultani (bateria) e Andretti Almalel (guitarra), a banda conseguiu trazer variáveis dos vocais roucos de Fleming mesclados com um instrumental nostálgico que lembra das primeiras bandas de pop punk.

Na abertura, Circles, com Derek DiScanio do State Champs, já dá o tom de todo o restante do álbum. Leaving Forever e Lights Up aparecem na sequência e garantem a permanência dos ouvintes no restante do disco. Footprints, que fecha o trabalho, tem a participação de Sierra Annie nos vocais e é uma ótima surpresa que o projeto seja encerrado desta forma.

Tudo isso faz com que Distance or Decay ocupe a segunda posição nesta lista. 

1. BLLT - Bullet Bane

Capa do disco BLLT, da Bullet Banecrédito: Bullet Bane/reprodução

Lançado em maio, BLLT é o quinto disco da Bullet Bane. Com oito faixas, o álbum chega para preencher um vazio aberto no peito dos ouvintes. Resultado da junção de ideias de todos os integrantes, o projeto transborda emoções a cada faixa e, ter um trabalho tão potente após o retorno aos palcos proporcionou à banda seu melhor ano desde a fundação.

Para Não Enxergar Onde Errei é a escolha perfeita para iniciar de forma arrebatadora o álbum - e também os shows da banda -, por trazer toda a explosão que as pessoas esperam de uma forma inesperada. A sequência Esse Vazio Ocupa Tanto Espaço e Sentir chegam para mostrar que a banda conseguiu criar músicas extremamente diversas que, ainda assim, se conectam. Deja Vu, Organizando Meu Vazio, Lembro Quando Começou e No fim, Talvez também merecem menção honrosa e transformam o BLLT no melhor disco do ano. 

Formada por Arthur Mutanen (vocal), Danilo de Souza (guitarra), Fernando Uehara (guitarra), Rafael Goldin (baixo) e Renan Garcia (bateria), a Bullet Bane se consolidou como uma das grandes bandas da cena emo, pop punk e hardcore em 2022, muito graças ao novo trabalho.

Ouça a nossa playlist inspirada nessa lista:

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