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Tuany é uma mulher branca e loira. Ela está a frente de um fundo vermelho e tem flores amarelas colocadas no rosto.

Publicado porLuisa Pereira

em 29/09/2022

Uma voz potente, ritmada, que alcança os mais altos tons e acompanha letras sensíveis, reflexivas e delicadas definem Tuany, o mais novo vislumbre do indie nacional. Natural de Santo André (SP), a cantora e compositora está prestes a lançar Tropeço, seu novo single.

A música chega após Me Encontrar, Jabuticaba e Liberdade, que, juntas, apontaram uma mudança sonora e interpretativa de Tuany. “Parte desse amadurecimento é resultado de parar de fazer o que eu achava que as pessoas esperavam de mim e começar a fazer o que eu realmente queria, de fazer a música como ela realmente estava na minha cabeça e dentro de mim”, conta a artista com exclusividade ao Lindie.

A pandemia foi determinante para esse processo de mudança de estilo e amadurecimento. “Esse tempo me deu uma boa porta para poder pensar em como eu quero me colocar como artista e no mercado, de acreditar na sonoridade que eu gosto e que quero trazer para mim”, afirma.

Envolta na música desde os 9 anos, a artista formou bandas de rock na infância e, depois, com o sonho de ser igual a Amy Lee, vocalista da banda Evanescence, decidiu se dedicar às aulas de piano. Formada em Piano Popular pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul, em 2018, Tuany, enfim, voltou-se para suas composições e voltou às raízes. O primeiro lançamento de sua carreira solo aconteceu em abril de 2020, com Hm., quando a pandemia estourou e a música já havia sido programada e distribuída.

Depois de sete músicas e, em 2021, um EP, Tuany começa sua nova fase com uma sonoridade mais indie rock e uma identidade visual marcante e grandiosa, em parceria com o selo Seta Reta Music. Os singles dessa nova fase ainda contam com mixagem por Hugo Silva, masterização por Carlos Bechet e audiovisual por Camila Sanchez.

Inspirações para compor

Com o sonho de compor desde pequena, a cantora costumava se inspirar em canções que gostava para extrair suas próprias letras. As aulas de violão e guitarra, as primeiras de sua trajetória na música, ensinaram também como montar as estruturas e processos que uma canção exige.

“Gosto de tirar inspirações nas coisas do dia a dia, de ver poesia nas pequenas coisas. Além disso, também pego pontos das minhas próprias experiências, em relações amorosas - as últimas músicas têm ligação com isso -, e comigo mesma, descobrindo quem eu sou, no que eu acredito e quem eu quero ser, tanto em relação a mim, como no mundo”, explica.

Foi o que aconteceu com seu último lançamento, Liberdade, quando Tuany estava reflexiva sobre ser, de fato, livre. “Liberdade simplesmente veio. O processo total deve ter durado uns 30 minutos, fui escrever a letra e a melodia já veio. [...] No dia que escrevi, estava muito reflexiva sobre sermos livres de fato e não ser uma liberdade que a gente tenta impor dentro de nós mesmos e no mundo. Estava pensando muito sobre isso e queria abordar na letra sem ser algo óbvio para trazer reflexão, não respostas. Então Liberdade fala muito sobre isso: ‘até que ponto eu, Tuany, sou livre dentro de mim mesma?’ ‘até que ponto eu não tento ser alguma coisa que não sou ou tento fingir que sou livre apenas para fazer parte de algo?’”, reflete.

A aceitação da voz

Forte e potente, Tuany tem uma voz única dentro da cena indie, especialmente por conta de suas aulas de canto lírico ao longo da adolescência. O que parece um trunfo para a maioria dos artistas, precisou ser aceito por ela, já que as canções, em sua composição, mantinham características mais sensíveis e delicadas. 

“As aulas de canto foram uma peça chave para aceitar a minha voz, que tem um timbre mais pesado, com as notas mais graves e, quando precisar ir para uma região mais aguda, não ir já com os dois pés no peito, sendo algo mais delicado”, explica. “Isso tirando aquela coisa de ‘nossa, eu preciso cantar potente’ ou ‘nossa, preciso ir para uma região muito aguda para mostrar que tenho voz’”, completa.

Tropeço

A nova canção de Tuany chega nesta sexta-feira, 30 de setembro. Intitulada Tropeço, a música é, segundo a cantora, um lembrete para ela mesma. A faixa foi inspirada em referências às sonoridades de Elton John, Billy Joel e Paul McCartney. “São compositores que me dão uma sensação de grandeza, aquela coisa que enche o peito e cê fala ‘cara, eu posso fazer o que eu quiser'. Então um dos objetivos sonoros dela é passar essa força, essa segurança”, diz.

Assim como as anteriores, a letra surgiu de uma experiência da cantora. “Ela fala muito sobre a velocidade das coisas, mas num sentido mais amplo sobre diminuir a velocidade da vida. Queremos tudo para ontem e qualquer coisa que saia do planejado, já começamos a surtar. Então ela é um lembrete para a gente desacelerar, já que tudo tem um motivo, nada é por acaso e está ali para te ensinar algo, seja bom ou ruim”, conta Tuany. “Quando a gente é adolescente, queremos conquistar o mundo. Mas quando amadurecemos, vemos que ainda dá, só que tem muitas coisas que devem ser seguidas, que temos que tomar cuidado e, às vezes, vamos deixando isso nos levar e perdemos aquele ímpeto da juventude”, completa. 

O lyric video da canção vai ao ar na mesma data, às 12h, no YouTube da cantora.

Ouça Tuany:

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