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Da esquerda para a direita: Nabila Sukrieh, Rafael Luna e Jules Altoé, que formam a The Zasters.

Publicado porLuisa Pereira

em 17/08/2023

Energética e dançante, a The Zasters é uma banda que você vai lembrar de ter visto ou ouvido em algum momento. Sem um padrão estético definido, a discografia vai do rock ao pop e, depois, ao indie rock, com distorções, sintetizadores e outros elementos que os integrantes toparem.

Composto por Jules Altoé (guitarra e vocal), Rafael Luna (guitarra e vocal), Nabila Sukrieh (bateria), em São Paulo, o grupo está a uma semana do lançamento de seu álbum de estreia, Hunting Season, em 25 de agosto. Anteriormente, eles disponibilizaram três EPs: This is a Disaster (2017), What Just Happened? (2020) e What Comes Next? (2021).

Os dois últimos, inclusive, vieram com o propósito de “guardar” o disco para um momento mais oportuno e com possibilidade de shows, já que durante a pandemia o contato social estava restrito. E, assim, três anos depois e com muitas mudanças no processo, o trabalho finalmente chega às plataformas digitais. “Tinha música com 4:30 que acabou com 2:15, faixas que foram substituídas e outras alterações que fizemos no caminho”, explica Rafael Luna em entrevista exclusiva ao Lindie

Dois dias depois do lançamento, no dia 27 de agosto, o trio se apresenta no Oxigênio, festival tradicional underground que, apenas nesse dia, reunirá nomes como Rancore, Chelsea Grin (EUA), Granada, Day Limns, Zander, Hevo84, entre outros. 

Formação e processo de composição

Formada como um power trio feminino em 2015, a The Zasters tornou-se uma banda sólida ao longo de oito anos de estrada. Com mudanças na formação ao longo dos anos, o que não mudou foi a vontade dos integrantes remanescentes de experimentar e trazer mesclagens novas para a sonoridade e estética do grupo.

Sempre unidos, não deixam que as composições sejam pré-fabricadas a partir de um estilo ou referência, fazendo delas uma junção de todos os integrantes. “Vegas nasceu de uma ideia da nossa baterista com referências de Taylor Swift e Ariana Grande e virou uma porrada, com solo de guitarra de 30 segundos”, conta Rafael. “Nunca foi algo combinado, queremos fazer uma música que a gente se diverte fazendo e ouvindo, e a sonoridade foi um processo”, completa. 

Hunting Season no Oxigênio 

Produzido por Gabriel Zander, mixado por Math Bishop e masterizado por Kevin Nix, Hunting Season é a materialização de um sonho para o trio da The Zasters. “É o disco que eu iria querer ouvir se fosse fã de uma banda. Investimos um tempo e um dinheiro que nunca tínhamos investido. A gente sempre levou muito a sério, mas nesse projeto nós acreditávamos muito e resolvemos apostar. Nós não sabemos se as pessoas vão gostar, não sabemos o que vai acontecer, apenas fizemos algo que amaríamos ouvir depois de pronto. [...] Em termos de qualidade é algo que eu sempre quis fazer, espero que as pessoas ouçam e tenham uma opinião sobre isso”, detalha Rafael.

Para Jules, o álbum é “um filho que demorou 3 anos para nascer”. Apesar de estar “pronto” na época da pandemia, muitas coisas foram alteradas e adicionadas, como os feats com Carol Navarro, do Supercombo, e Rafael Brasil, da Far From Alaska

“Tentamos fazer uma coisa que contasse uma história, mas que a pessoa que ouvisse na ordem levasse susto e que não tivesse momentos em que fosse lento. Ficamos com medo de estar super alto e, do nada, três músicas lentas e a pessoa desistir do disco”, fala o guitarrista. “No show é o que chamamos de ‘música do cigarro’, que a pessoa sai e não volta”, brinca Jules. 

No entanto, a data de lançamento foi apenas oficializada após o convite feito por Rafael Pelegrino, o Piu, produtor do Oxigênio. “Não estava com a data determinada ainda, a gente sabia que ia ser mais ou menos naquela época, mas quando soubemos [do festival], fizemos de tudo para ser na semana do show”, relembra Rafael.

O próprio convite foi inusitado para eles. “Surgiu em uma sexta-feira. A Dani, da The Mönic, me mandou uma mensagem [avisando]: ‘o Piu vai falar com você”. Deu dois minutos ele mandou uma mensagem e foi isso. A gente ficou muito feliz. Na hora, nem quisemos saber de nada, só falamos ‘vamos’”, relata Jules. 

Como o planejamento deu certo, o setlist da The Zasters vai ser baseado, principalmente, no disco. Outras músicas também estão na lista, mas em menor quantidade, deixando quase que todo o espaço para Hunting Season. Assim, quem já conhece a banda poderá desfrutar das novas faixas ao vivo e, quem ainda não ouviu o trio, terá uma ótima chance de conhecê-los. 

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