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Formada por Jajá Cardoso (guitarra e vocal), Luca Bori (baixo e vocal), Davide Bori (guitarra) e Dieguito Reis (bateria) em 2006, em Salvador, a Vivendo do Ócio é uma das principais referências do rock baiano.

Publicado porLuisa Pereira

em 24/02/2023

Foto por Rafael Kent - @okent

A Vivendo do Ócio fez um show comemorativo de 11 anos do disco “O Pensamento É Um Imã”, seu segundo álbum de estúdio, em 12 de fevereiro, no palco da Fabrique Club, em São Paulo. Em grande estilo, os músicos chegaram ovacionados pelo público e conduziram um energético espetáculo.

A abertura do evento ficou por conta das bandas Bratislava e The Zasters, que esquentaram os espectadores na noite chuvosa. Os grupos foram recebidos com entusiasmo por quem estava presente na casa de show, mesmo por aqueles que não os conheciam.

Após a abertura, foi a vez da Vivendo do Ócio, que era ansiosamente aguardada, tocar. Formada por Jajá Cardoso (guitarra e vocal), Luca Bori (baixo e vocal), Davide Bori (guitarra) e Dieguito Reis (bateria) em 2006, em Salvador, a banda é uma das principais referências do rock baiano. O grupo tem quatro álbuns lançados: Nem Sempre Tão Normal (2009), O Pensamento É Um Imã (2012), Selva Mundo (2015) e o homônimo Vivendo do Ócio (2020).

Por ser um show comemorativo, o aclamado disco O Pensamento É Um Imã, foi cantado na íntegra e na ordem pela primeira vez. Para iniciar, Bomba Relógio, que abre o álbum, começou a ecoar. Recebida com êxtase pelo público, todos cantavam com ênfase e, logo no começo, estavam extasiados pela presença da banda no palco.

Silas, Tudo Que Eu Quero e Nostalgia ganharam o mesmo frisson da primeira faixa e, cada vez mais, as pessoas pareciam extasiadas pelos músicos. Em certo ponto inicial, o microfone de Luca Bori estava baixo e quase não dava para escutar o músico cantar suas partes das canções. O problema foi resolvido ao longo do espetáculo.

As rodinhas no meio da plateia não paravam e ganhavam mais e mais adeptos a cada canção. Dois Mundos, Radioatividade, O Mundo É Um Parque, Por Um Punhado de Reais e O Mais Clichê vinham em ritmo frenético, quase sem pausas. Preciso Me Recuperar chegou em uma momento propício após a catarse que as faixas anteriores causaram, inclusive, nos artistas, que brincaram que “precisavam se recuperar”.

Eu Gastei encerrou as faixas do álbum. “Esse disco foi um divisor de águas nas nossas vidas e ficou claro aqui o quanto ele foi importante para gente e para vocês que estão compartilhando esse momento”, disse Jajá Cardoso após o término das canções de O Pensamento É Um Imã.

“Trocando o disco”, como brincaram os músicos, Meu Precioso, faixa do primeiro álbum, foi puxada e, no mesmo ritmo das anteriores, recebida com entusiasmo. Som, Luz e Terror deu sequência ao show, para a alegria de uma fã que gritava, sempre ao fim de uma canção, o nome desta. Nova Ordem, que integra o último trabalho lançado do grupo, chegou em seguida.

Entre uma música e outra deste segundo momento do show, os quatro artistas gastavam vários minutos conversando entre eles e também com o público. Davide Bori protagonizou inúmeros momentos de esquecimento, erro de leitura da setlist no chão, confusão entre as faixas e outros pontos. Em certo momento, já não era mais possível identificar o que era brincadeira e o que era sério por parte dos músicos.

O espetáculo seguiu com Não Te Digo Nada e Dilema. Pouco antes de iniciar O Amor Passa No Teste, o vocalista recebeu uma palheta, de nove anos antes, de um dos fãs. A música seguinte foi tocada com ela e, depois, Jajá devolveu o objeto. Da mesma forma que começou, o show foi encerrado: com o transbordar das energias de todos, incluindo os músicos.

Mesmo com a noite chuvosa em São Paulo, a Vivendo do Ócio fez todos os presentes na Fabrique Club esquecerem o temporal que caía do lado de fora em um show mágico, energético e apoteótico. Com certeza, todos que estavam neste momento puderam lavar a alma.

Ouça Vivendo do Ócio:

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