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Ana Müller posa para a câmera. Apoiada em um de seus braços, está com a outra mão perto do rosto. Ana veste uma blusa amarela de mangas,seu antebraço está à mostra

Publicado porLuisa Pereira

em 17/11/2020

A cantora e compositora capixaba Ana Müller aproveitou o caos do ano de 2020 para celebrar as memórias com a regravação de suas músicas antigas, inicialmente compartilhadas entre 2012 e 2016. “Fragmentar” é a primeira faixa do relançamento e abre espaço para “Prelúdio”, coletânea pensada para trazer essas canções em melhor qualidade sonora ao público. 

O relançamento marca a transição entre a sonoridade e letras autorreflexivas de seu primeiro álbum, “Incompreensível”, e o novo trabalho, com faixas mais felizes, previsto para 2021. “Achei que antes de lançar um projeto totalmente novo existia uma urgência em dar uma atenção para essas canções do passado tão queridas pelas pessoas, todas essas canções marcaram minha vida e a do meu público, nossos primeiros shows em São Paulo, a primeira turnê no Nordeste, os primeiros festivais importantes, são tantas histórias!”, disse em nota à imprensa.

O projeto “Prelúdio” conta com as primeiras  e mais famosas músicas da carreira de Ana, responsáveis por sua ascensão. Inicialmente lançadas em gravações menos trabalhadas e feitas pela própria artista, as canções recebem, enfim, uma versão de estúdio. “Nunca me atentei a isso devido a correria da vida, precisei desacelerar para olhar para trás com mais carinho e lembrar que essas músicas nunca tinham sido gravadas de verdade, eram gravações perdidas de celular, de vídeos caseiros, algumas gravadas ainda em 2012, e mesmo assim são as canções que as pessoas mais ouvem!”, explica.

A coletânea é um lançamento do selo Taquetá.

Leia a entrevista do Lindie com a artista:

Lindie: Como foi regravar essas músicas tão marcantes em sua carreira?

Ana: Bateu muita saudade. Muita saudade tudo: do público, da estrada, do palco, de estar trabalhando e dessa magia que acontece no palco e atrás dele. Fiquei muito grata. Acredito que quando você toma uma certa distância daquilo que você faz, consegue ver o quão bonito é o você faz e isso me deu muita gratidão.

Você pretende fazer clipes de algumas delas?

Muitas dessas músicas merecem clipes, eu gostaria muito de fazer. Essa é uma ideia. Sobre os vídeos que a gente gravou, queríamos levar essa sensação de proximidade ao público, mesmo nessa situação em que não podemos ter essa presença física. Eu queria levar ao público esse sentimento que eu estou tocando na sala da casa de alguém, sabe? Todos os vídeos foram gravados em formato ao vivo.

Você se lembra sobre a fase que estava vivendo no momento da escrita das canções? Como é olhar para trás e perceber toda a trajetória até os dias atuais?

É impossível não lembrar, ainda mais que em muitas dessas composições feitas quando eu era muito jovem, então hoje eu tenho 28, faço 29 no final do ano. Tem música escrita há 8 anos, quando eu tinha 20 anos, então te leva para o tempo da composição, um momento tão incerto, que eu não sabia muito bem o que eu faria. Lembrei também das histórias do público, que sempre me conta quais as músicas mais gostam e o porquê dela ser marcante na vida deles em determinado momento. Então são muitas histórias, tanto minhas, quanto as deles. Olhar para trás e perceber isso que construímos juntos, traz uma sensação de gratidão. Poder tomar um pouco essa distância e poder olhar a partir de uma nova perspectiva, faz com que a gente enxergar tudo mais carinho mesmo, então foi bonito poder olhar para essas músicas com o carinho e respeito que elas merecem.

Se não fosse a pandemia, quais seriam as metas para 2020 na sua carreira?

Em relação à carreira, não. Eu já tinha planejado ficar mais afastada dos palcos em 2020. Talvez não por tanto tempo. Possivelmente eu teria voltado no meio do ano e não prolongaria tanto.

O que você pretende fazer assim que o período de isolamento e a pandemia acabarem?

Assim que a pandemia acabar, eu quero tocar. Quero voltar fazer show. Estou morrendo de saudades de tudo que envolve um show, do palco, da magia que envolve os bastidores de um show, da sensação de conexão com o público, que é mágica. Estou com muita saudades, quero tocar!

Ouça Ana Müller:

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