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Os cinco integrantes da Bedhead Badhead estão em bicicletas, durante a noite. Da esquerda para a direita Pablo Morais, Tralu, Giovanna Berga, Jay e Gabriel Silva.

Publicado porLuisa Pereira

em 30/09/2021

Ao apertar o play em músicas da Bedhead Badhead, banda formada em 2018 em Campinas, interior de São Paulo, o ouvinte é envolto em meio à uma atmosfera nostálgica, retrô e, ao mesmo tempo, com elementos atuais e, até mesmo, de futuro. Comandadas pela voz de Giovanna Berga, as canções têm elementos característicos do synth-pop e synth-wave, como os sintetizadores, baixos e bateria.

Além de Giovanna nos vocais, a Bedhead Badhead é composta por Henrique Soldatti (Tralu), baterista, Jay Whitaker, guitarrista, Pablo de Morais, sintetista e Gabriel Silva, baixista. “Foi uma coisa mais conto de fadas [sobre ser convidada para da Bedhead Badhead], sempre gostei de música, mas já tinha desencanado desse negócio de ter banda. Conheci o Jay por conta de um outro projeto que ele tinha, inclusive com o Gab e o Tralu, mas eu só conhecia o Jay. Um dia eu dei uma festa com o tema ‘anos 2000’ e o chamei. Em um momento, ele chegou e me convidou para participar de um projeto dele”, conta Giovanna em entrevista exclusiva ao Lindie.

É toda essa sinergia entre o passado e futuro que constroem o primeiro EP do grupo, Retrofuturismo, lançado nesta quinta-feira, 30 de setembro. O material é o maior já produzido pela banda até o momento. Antes, Daydreams (2018), iniciou os trabalhos e, apenas dois anos depois, Pink e Sick Sad World foram lançadas. Em 2021, no entanto, a Bedhead Badhead segue a todo vapor. “É o nosso maior projeto, nunca lançamos tantas músicas juntas", brinca Giovanna. Para depois dele, no entanto, os músicos planejam trabalhar no primeiro disco, ainda sem muita coisa definida, já que o foco no momento é no EP.

Composições

Com um processo de composição mais livre, a banda consegue compor presencialmente ou à distância, com a Giovanna mais próxima às letras. “No início, era mais a Gi, que tinha umas ideias mais embrionárias e a gente trazia pro estúdio e fazia toda a produção em volta. Como está evoluindo hoje em dia, qualquer um pode trazer ideias, mas acaba sendo a Giovanna a pessoa que mais compõe no projeto. O que acaba acontecendo é que a gente vai meio que fazer uma ‘cozinha’ no estúdio ou cada um pensando em casa e, eventualmente, chega no produto final”, explica Pablo. 

“Como os meninos fazem os arranjos das músicas e eu não toco nada, então cabe a mim trazer propostas de letras para composições no geral. O Pablo e o Jay, principalmente, me ajudaram bastante na parte da composição também”, diz Giovanna. “O legal é que cada um tem um pouco de identidade própria em cada, por exemplo, Tralu, tem uma identidade dele na batera, o Gab no baixo, Pablo no synth e na guitarra, às vezes, e eu na parte de composição e melodia da música, é bem legal. Já estamos juntos faz um tempinho e a gente consegue perceber uma pitada de cada um na música”, completa ela.  

Todos, exceto a vocalista, moram em Campinas. Assim, usam todo o tempo em que Giovanna está na cidade para adiantar os materiais da banda. “A primeira música, Daydreams, ela também é um conto de fadas, ao meu ver, porque o Jay mandou um negócio que ele tinha feito, um instrumentalzinho, e foi a primeira vez que eu fui no estúdio dele, já tinha o convite da banda, com ele e o Pablo, e foi a primeira vez que eu vi ele depois da festa. Lembro que ele foi me buscar na rodoviária, virei pra ele e falei e ‘aí que que a gente vai fazer?’ e ele ‘mano, não faço ideia’, fiquei ‘legal, pô, da hora’ e então fomos buscar o Pablo. Ele pegou esse instrumental que tinha mandado meses antes e eu tinha no meu diário umas coisas que eu fiz. Falei ‘ah eu tenho isso aqui’ e essa mini letra e aí virou Daydreams em uma noite, gravamos voz, tudo. No dia seguinte ele estava fazendo as coisas e pouco menos de um mês que lançou”, relembra Giovanna. 

Base de fãs

A banda, que acumula 54k de plays em Daydreams no Spotify, está começando a criar sua base de fãs. Com interações nas redes sociais, comandadas principalmente por Giovanna, o público aparece cada vez com mais frequência. “Mano, é bem surreal na verdade, tipo, quando você vê gente falando assim: ‘não, porque essa banda é tudo pra mim’, a gente fica tipo, ‘nossa, mano’. Sou eu e meus amigos, assim, tá ligado? Com o Gabriel eu dou rolê desde, sei lá, 14 anos”, brinca Pablo. “Eu fico muito surpreso quando eu vejo que tem uma pessoa seguindo, interagindo, comentando e aí eu pergunto para a Giovanna, que tem mais seguidores, ‘cê conhece tua pessoa?’ e ela responde ‘não, nunca vi’. Então a pessoa simplesmente descobriu a gente, realmente é um fã e não conhece ninguém da banda”, finaliza Tralu.

Ouça Bedhead Badhead:

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