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Montagem com imagens de Silva, Mariana Froes, Nina Fernandes e Sávio.

Publicado porAnne Caroline Gonçalves

em 24/10/2021

Nascida em meados dos anos 1960, a MPB é um gênero capaz de expressar as várias culturas e regiões, assim como os diferentes sons e folclores do Brasil.

De lá para cá, muita coisa mudou: a Ditadura Militar acabou, novos gêneros musicais foram surgindo e novas influências ganharam espaço no cenário nacional. Mas, o que não mudou, é o fato de que a MPB continua se reinventando para expressar o que temos de melhor no Brasil, seja com uma pitada de samba rock ou com uma voz suave, acompanhada de um violão.

No dia 17 de outubro, comemoramos o Dia Nacional da Música Popular Brasileira. A data foi escolhida em homenagem a maestrina, pianista, maxixeira e compositora Chiquinha Gonzaga (1847-1935), nos lembrando que a música popular, que nasce nas ruas do país, existia antes mesmo do rótulo MPB – e vai continuar a existir.

Pensando nisso, a equipe do Lindie trouxe uma lista com 6 artistas que são a cara da nova MPB.

Rubel

Um dos principais nomes da nova MPB, Rubel se destaca por manter um diálogo constante com o Rap e o Samba. O seu primeiro álbum, “Pearl” (2013), retoma as guitarras elétricas de meados dos anos 60 e 70 com uma voz suave e batidas de R&B e Hip Hop.

“Casas” (2018) segue a mesma linha, conquistando espaço no cenário internacional e, de quebra, ganhando uma indicação ao Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa. Além disso, ele foi eleito um dos melhores álbuns do ano pela Rolling Stone Brasil.

Suas referências musicais são diversas: vão desde artistas consagrados da MPB, como Gilberto Gil e Caetano Veloso, até cantores internacionais, como Frank Ocean, e nomes de destaque do cenário atual brasileiro, como Criolo e Emicida.

O último lançamento, “ponta-cabeça” (2021), é uma  parceria com Tiago Nacarato, Janeiro e Paulo Novaes.

Silva

Versátil e cheio de originalidade, Silva lançou o seu primeiro EP, com quatro canções originais, em 2011 e, de lá para cá, já brincou um pouco com diversos ritmos e sons diferentes: do Indie, foi para a MPB, passando por Soul, Bossa Nova, Samba, Jazz, introduzindo batidas eletrônicas, instrumentos de sopro, piano e viola em suas canções.

O seu segundo álbum de estúdio, “Vista pro Mar” (2014), se destacou como um dos dez melhores discos de música nacional do ano, de acordo com a Rolling Stones, fazendo com que o cantor começasse a ganhar espaço no cenário nacional.

Além disso, suas parcerias com Lulu Santos, Anitta, Fernanda Takai e a turnê que dedicou à Marisa Monte vieram para complementar o currículo do artista.

Em 2018, o cantor lançou “Brasileiro”, um álbum que, por si só, já é um prato cheio para quem gosta de MPB. Com letras que buscam expressar as diversas realidades que o país compreende, assim como as culturas regionais e o cotidiano, o disco também incorpora elementos próprios de ritmos nacionais.

Seu último lançamento, “De Lá Até Aqui” (2021), é uma homenagem aos seus dez anos de carreira, trazendo regravações de algumas canções do artista.

Nina Fernandes

Uma das principais apostas da nova música brasileira, a cantora e compositora paulistana, de apenas 22 anos, estreou no cenário musical em 2017, com seu EP homônimo.

Logo suas músicas caíram nas graças do público e a faixa “Cruel” ganhou um videoclipe que chegou a ser premiado no Great Lake Film Festival. Além disso, ela entrou para a trilha sonora da novela global Tempo de Amar (2018).

Com uma voz doce e melódica, suas canções trazem referências do folk e do pop internacional, mas não perdem a identidade brasileira: a artista deixa claro que Marisa Monte é a sua principal inspiração.

As letras delicadas acompanham um sentimento próprio da juventude e seguem dando as caras no EP “Digitando” (2019) e em seu primeiro álbum, “Amor é fuga: fuja”, lançado esse ano.

Sávio

Cantor, compositor e instrumentista carioca, Sávio lançou “Moletom”, seu EP de estreia em 2020, com um tom bastante maduro e melodias que se aproximam do Indie e do Soul.

Ele, que sempre teve a música como parte da sua vida, cresceu vendo o pai tocar violão e a mãe cantar, tirando a sua principal motivação daí. Suas músicas introduzem o eletrônico a leveza da Bossa Nova e da MPB, chamando a atenção pela originalidade. Já as letras, equilibram um tom intimista com leveza ao falar sobre amores, desamores e cotidiano, quase em um tom conversado.

Além de seu EP, o artista também lançou uma série de singles, com destaque para “Faz Bem (Remoto)”, “Acaso” e “Bonita de Contar”, além de parcerias com outros artistas do cenário nacional, como Anna e Pedro Mann. Agora, ele se prepara para lançar o seu primeiro álbum, Converso Com Todas As Coisas, na próxima sexta-feira, 22 de outubro.

Mariana Froes

Com apenas 18 anos, Mariana Froes é a caçula da nossa lista. Nascida em Goiás, a cantora publicava covers em seu canal do Youtube desde que tinha 8 anos, mas, ganhou notoriedade em 2018, após interpretar a canção Girassóis de Van Gogh, originalmente do Baco Exu do Blues.

Sua voz rouca e suave é o verdadeiro destaque, combinando perfeitamente com a pegada de Samba, Rock e MPB que traz em suas músicas.

Nomes como Chico Buarque, João Gilberto e Maria Bethânia estão entre as principais referências da artista. Entretanto, criada com fortes raízes na música caipira, traz as violas e o ritmo dançante para as suas canções.

Além dos singles “Moça” e “Rosa e Laranja”, ambos lançados em 2019, Mariana também já tem o seu primeiro EP. Intitulado “Nebulosa”, foi lançado no ano passado, com cinco músicas inéditas e letras bastante intimistas.

A Banda Mais Bonita da Cidade

Em 2009, um grupo de curitibanos se reuniu com a proposta de cantar músicas de artistas locais. A ideia era criar novos arranjos para as canções de alguns amigos, dando um toque pessoal nelas. Assim nascia A Banda Mais Bonita da Cidade.

Entretanto, foi com o videoclipe da música “Oração” (2011) que a banda se firmou no cenário de Indie Rock e MPB. O vídeo viralizou no Youtube, levando o grupo a gravar o disco homônimo no mesmo ano.

Com Uyara Torrente e Vinícius Nisi nos vocais, a banda conta também com Thiago Ramalho (guitarra), Marano (baixo) e Luís Bourscheidt (bateria). Suas músicas são suaves, com letras que falam sobre o cotidiano de forma poética, equilibradas pelos dois vocalistas.

Além de seu primeiro álbum, A Banda Mais Bonita da Cidade já lançou um EP, um DVD e mais dois discos, o último sendo “De Cima do Mundo Eu Vi o Tempo” (2018).

O single “Quiçá”, feito em parceria com Labaq, e “Trovoa”, liberados no último ano, são as produções mais recentes do grupo.

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